quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Campanha de arrecadação de brinquedos 2013




No meio do ano de 2013 começamos a organizar uma campanha de arrecadação de brinquedos para distribuir na comunidade da Fazendinha, localizada na região da Penha. Toda campanha foi organizada por uma amiga chamada Renata, que durante todas as visitas feitas na comunidade, manteve uma postura acolhedora, digna de pessoas iluminadas. Tivemos uma ótima surpresa, conseguimos 237 brinquedos em ótimo estado de todos os tamanhos e idade.

Cartaz da campanha do agasalho 2014


Durante seis meses de campanha, arrecadamos aproximadamente 1500 peças de roupa de todos os tamanhos. A intenção sempre foi distribuir kits de roupas para os moradores em situação de rua, e assim fizemos com ajuda de amigos bem perto de casa no bairro da Penha. Gostamos da experiência e decidimos manter e quem sabe ampliar nos mesmos moldes para os próximos anos.


Convite para exposição Pluralidade Artística


Mais uma vez a Casa de Cultura Tendal da Lapa foi palco de uma significativa exposição chamada “Pluralidade Artística", organizada pela professora Gisele Martins e prestigiada por todos da região da Lapa.

Ao todo foram mais de 100 trabalhos desenvolvidos pelos alunos da oficina ao longo do ano. Quadros produzidos a partir de técnicas conhecidas em qualquer oficina de artes, além de experiências com outros tipos de materiais.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Me dá sua mão.Vamos caminhar pela vida



Texto de:  André J. Gomes


Chega, né? Basta de jogar o tempo fora. Chega desse mal estar das esperas inúteis, longas esperas das coisas pequenas. Basta de criar ferrugem nas juntas e bolor no cérebro. Vamos em frente. Me dá sua mão. Vamos caminhar pela vida.

Vamos ao mundo, ao tudo e ao nada. Vamos abrir uma empresa e falir juntos. Construir uma biblioteca pública! Vem, vamos pular as poças d’água, empurrar um pé depois do outro no contrafluxo da enxurrada, fuçar os lixos das casas, apertar as campainhas, fugir correndo! Vamos negar os princípios da física, revogar a lei da gravidade e voar por aí, sobre as cabeças rasteiras dos idiotas.
Olhar você de perto me emociona como ouvir um sotaque diferente pedindo informação em terra estranha. E me dá a sensação de que, não sei quando, não sei como, não sei onde, ainda vou casar com você. Me dá sua mão. Vamos caminhar pela vida!

E que uma música linda nos acompanhe cada passo, invada nosso caminho como a água furiosa da chuva na enchente, derrubando tudo, levando a todos. Que você e eu, em nosso desespero dos amantes, percamos tudo para recuperar depois, com a força do trabalho e a graça de deus.

Que aos poucos, nossos pés no chão nos levem longe e nos mantenham perto, apesar de nossa distância geográfica, nossos tempos incompatíveis, nossos afazeres aqui e aí. Que o amor louco e a saudade sejam nossos códigos de endereçamento postal.

Sejamos você e eu inocentes como dois amigos de infância, sonhadores como dois velhos elefantes que ganham asas e saem voando por aí. Planando sobre as águas calmas dos domingos preguiçosos, deslizando no tapete invisível da brisa que atravessa o mar, escorrendo do espaço estreito de hoje para tanto amanhã e suas expectativas grandiosas, como aprendemos em nossos instantes de olhar para o nada.
Cada dia que nos pertença nos encontrará. Nada nos perde. Nada perderemos que já não nos pertencesse.  O que é nosso não se perde, amor. O que é seu e meu nos encontrará no caminho. Vem, me dá sua mão, vamos caminhar pela vida. Esse lugar imenso em que não há o que passa nem o que faz passar. A vida em que tudo é passagem e onde tudo que nos resta é o caminho.  Vem, vamos caminhar pela vida.
Eu tenho sentido medo, sabe? Medo. Esse negócio de um dia depois do outro me dá um pavor daqueles. É medo de ficar só, de perder a hora, de não encontrar você por aí. Porque aqui, no meio dessas horas infinitas de trabalho, entre tantas tarefas e contas, perdido nesses escritos, nadando nessa nuvem de sonhos e esperanças, vez ou outra faz um frio danado.

 Nessas horas, pensar em você num sorriso ensolarado me acende um fogo manso aqui dentro. O medo fraqueja na alma. Mas continua ali, como uma pedra de gelo derretendo no bolso.

 Só vai passar quando estivermos na estrada, você e eu, seguindo para longe do escuro, rumo ao fogo alaranjado que arde no calor do encontro. E partiremos assim, você e eu e os nossos, em ziguezague no caminho de sempre. Em frente. Vem, me dá sua mão. Vamos caminhar pela vida.


Bailarina