segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Percepção



A arte facilita o contato com o poder criador de cada um, tem o poder de colocar o espectador no lugar do outro, tendo dessa forma, mais condições de entender a pessoa que se encontra diante de si, seus medos, seus motivos e sentimentos. Nos desperta para a transformação através da percepção de si e do outro sempre de maneira positiva. Diminui a distância existente entre crianças e adultos, facilitando a criação de ambiente verdadeiramente acolhedor. Tende a ser ela mesma e entrar em contato consigo próprio para buscar o que realmente julga importante.
A criação de qualquer trabalho pode evocar um bloqueio ou trauma possibilitando que a energia seja depositada nessa criação, liberando e aliviando-se do problema, sem que necessariamente tenha consciência se qual fato ou trauma que está sendo trabalhado. Ajuda a perceber seu talento artístico e outras habilidades, deixando qualquer pessoa mais atenta, organizando a expressão do problema através da arte. Uma espécie de processo terapêutico que usa materiais alternativos e não menos expressivos para transformação e reflexão a sua volta.



Ursa Maior






Lembro-me exatamente o dia que fiz esse trabalho, não estava com a menor intenção de produzir essa imagem numa porta de quarto. Depois de vários anos, eu vejo que não poderia estar em outro lugar da minha casa. Sempre me impressiono com a complexidade dessa tela, chegando a acreditar que determinada peça pode ser compreendida através dos anos. Os traços jamais serão  os mesmos, as sensações, o cheiro da tinta mal diluída, o pincel, tudo manifesta um certo ineditismo que procuro aproveitar ao máximo.
Anseios, desilusões, confusões guardadas nas gavetas mais profundas dos sentidos.Céu, cofre, onde cada pigmento se conecta com outro, numa espécie de pontilhismo, de perto aparentemente não representa nada, mas quando percebido de longe se transforma em mensagem mais que decifrável... 

domingo, 25 de novembro de 2012

Paraíso Particular


Paraíso particular, qual é o seu?

Uma busca de algo desconhecido bem atrás daquelas montanhas, o que será que existe lá?

Seriam ilusões que o pobre navegante teima em conquistar? Seriam certezas, respostas, afinal, eu quero saber antes de partir.

-Pegue o pequeno barco e vá descobrir o que move o céu...

Muitos anos depois, o navegante aventureiro chega de sua busca incessante de verdades, move-se lentamente para fora do pequeno barco e percebe que seu velho amigo está lentamente se afastando, dizendo adeus, pronto para outra companhia no imenso mar de incertezas...